segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Um belo soneto de Cecília Meireles!!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Espero que gostem...
Meu sonho (Cecília Meireles)
Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros sa madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo volta.
=======================Maria Rafaela======================
terça-feira, 10 de novembro de 2009
MUDANDO TUUUUDO!!!!!!
Dessa vez, nosso centro das atenções será nossa querida Cecília Meireles.
Vou falar uma pouco da sua biografia de um modo resumido:
Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de Janeiro, 7 de Novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 9 de Novembro de 1964) foi uma poetisa, professora e jornalista brasileira...
Aos dezoito anos de idade publicou seu primeiro livro de poesias (Espectro, 1919), um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
Cecília Meireles teve três filhas com o pintor Fernando Correia Dias, entre elas a atriz Maria Fernanda Meireles. Cecília morre aos 63 anos de câncer.
Espero que tenham gostado dessa pequena introdução, e também que continuem acompanhando nosso blog.
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Tuani Alves
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Vai passar
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Cálice representa o "cale-se" usado pela Censura para acabar com a liberdade de expressão. Representa também a violência dos militares na ditadura.
Cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça.
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Tuani
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Chico Buarque e a ditadura militar
Apesar do espaço aberto pelo fim do regime de Getúlio, porém, Chico pouco aproveita esse período, pois, quando desperta, aos 20 anos, para uma vida intelectual e artística conscientes, tem-se em 1964 o golpe militar, que dá início a uma ditadura que dura mais de 20 anos.
Todos os acontecimentos dessa época exemplo do que ocorre entre os "guerrilheiros" e os "diplomatas", os artistas também se dividem, tomando posições diferenciadas. Especificamente na música vemos bem clara essa divisão. De um lado, tem-se aqueles que buscam um afrontamento direto ao regime, questionando e criticando a realidade da sociedade. De outro, encontram-se os que usam os recursos da linguagem para esconder suas mensagens de modo subliminar nas canções. Os primeiros sendo ovacionados pelo público e duramente reprimidos pela censura, os segundos, muitas vezes, sendo reprimidos por ambas as partes. Nesse contexto, citamos dois grandes compositores, ícones na época e causadores de grande polêmica: Chico Buarque de Holanda, e o poeta popular, Geraldo Vandré.
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Mª Rafaela
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Construção
Amou daquela vez como se fosse a última
domingo, 13 de setembro de 2009
Ele conseguiu imitar no poema os sons do trem de uma forma extraordinária ,leiam no ritmo certo e verifiquem os recursos usados pelo autor!
Boa leitura!!
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
A Banda, música com que Chico Buarque ganhou o Festival de Música Popular Brasileira
A BANDA
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parouP
ara ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
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Tuani
domingo, 30 de agosto de 2009
Apesar de você
(Crescendo) Amanhã vai ser outro día x 3
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão.
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão.
(Coro) Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.
(Coro2) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria.
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença.
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa.
Apesar de você
(Coro3)Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
(Coro4)Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal,
La, laiá, la laiá, la laiá…….
[Letras Terra]
reflexão
Chico foi exilado na Itália em 1969, sob a ameaça do regime militar, e ao retornar ao Brasil continuo a fazer composições que denunciavam aspectos sociais, ecônomicas e culturais do Brasil,e as manifestava em sua obras "disfarçadamente".
Meu caro amigo
Meu caro amigo me perdoe, por favor
Aqui na terra tão jogando futebol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Aqui na terra tão jogando futebol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Meu caro amigo eu quis até telefonar
Aqui na terra tão jogando futebol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita careta pra engolir a transação
Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Aqui na terra tão jogando futebol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
A Marieta manda um beijo para os seus
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Roda-viva
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Introdução à Chico Buarque
Estou aqui para fazer uma... Introdução à Chico Buarque. Introdução é um prólogo, um começo.
De volta ao Brasil, produz suas primeiras crônicas no jornal Verbâmidas, do Colégio Santa Cruz de São Paulo, nome criado por ele. nos olhos. Chico não pôde mais sair sozinho à noite até que completasse 18 anos.
Início de Carreira
Chico Buarque chegou a ingressar no curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU) em 1963. Cursou dois anos e parou em 1965, quando começou a se dedicar à carreira artística. Neste ano, lançou Sonho de Carnaval, inscrita no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsior, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimentação do modo como viria a trabalhar os versos.A primeira composição séria, Canção dos Olhos, é de 1961.
No dia 10 de outubro de 1966, data da final, iniciou o processo que designaria Chico Buarque como unanimidade nacional, alcunha criada por Millôr Fernandes.
A participação no Festival, com A Banda, marcou a primeira aparição pública de grande repercussão apresentando um estilo amparado no movimento musical urbano carioca da Bossa nova, surgido em 1957. Ao longo da carreira, o samba e a MPB também seriam estilos amplamente explorados.
Trilha-sonora e adaptações de livros
Chico participou como ator e compôs várias canções de sucesso para o filme Quando o Caalandro e Vai trabalhar vagabundo II. Vários filmes que tiveram canções-temas de sua autoria fizeram sucesso.
E maio de 2009, é lançado o filme Budapeste com roteiro baseado em livro homônimo de Chico Buarque. No filme há também a participação especial do escritor.
Teatro e literatura
Musicou as peças Morte e vida severina e o infantil Os Saltimbancos. Escreveu também várias peças de teatro, entre elas Gota d'Água, Ópera do malandro e alguns livros: Estorvo, Benjamim, Budapeste e Leite Derramado.
Chico Buarque sempre se destacou como cronista nos tempos de colégio.
A crítica à Ditadura
Ameaçado pelo Regime Militar no Brasil, esteve exilado na Itália em 1969, onde chegou a fazer espetáculos com Toquinho. Nessa época teve suas canções Apesar de você (que dizem ser uma alusão negativa ao presidente Emílio Garrastazu Médici, mas que Chico sustenta ser em referência à situação) e Cálice censuradas pela censura brasileira. Adotou o pseudônimo de Julinho da Adelaide, com o qual compôs apenas três canções: "Milagre Brasileiro", "Acorda amor" e "Jorge Maravilha".
Ao voltar ao Brasil continuou com composições que denunciavam aspectos sociais, econômicos e culturais, como a célebre Construção ou a divertida Partido Alto. Apresentou-se com Caetano Veloso (que também foi exilado, mas na Inglaterra) e Maria Bethânia. Teve outra de suas músicas associada a críticas a um presidente do Brasil. Julinho da Adelaide, aliás, não era só um pseudônimo, mas sim a forma que o compositor encontrou para driblar a censura, então implacável ao perceber seu nome nos créditos de uma música. Para completar a farsa e dar-lhe ares de veracidade, Julinho da Adelaide chegou a ter cédula de identidade e até mesmo a conceder entrevista a um jornal da época.
Uma das canções de Chico Buarque que criticam a ditadura é uma carta em forma de música, uma carta musicada que ele fez em homenagem ao Augusto Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar.
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